O fracasso escolar não é um tema recente, sendo assim nós educadores investigamos e estudamos as causas para buscar um caminho que norteie nossas decisões. Sabemos que a interação com o meio em que nosso aprendiz vive faz uma grande diferença, porém muitas vezes não é só este meio que precisa ser pontuado e sim todo o contexto de vivência deste sujeito, sua história, seu convívio com a família, as ferramentas que lhe são proporcionadas, os estímulos que lhe foram enviados, sua genética, enfim, vários outros fatores que influenciam o processo do desenvolvimento cognitivo deste sujeito.
Vamos falar um pouco sobre a avaliação que está inserida em nosso sistema pedagógico e que muitas vezes nos deixa com muitas indecisões.
Por ser uma ação pedagógica fundamental do processo de ensino aprendizagem, a avaliação precisa estar no contexto do nosso planejamento, pois envolve a responsabilidade da vida acadêmica do nosso aprendiz que está em nossas mãos. Como educadores temos objetivos e metas para que todos alcancem as habilidades e competências necessárias, porém, grandes mudanças aconteceram e uma delas é que antes tínhamos a preocupação de ensinar para avaliar e hoje o foco está no aprender, no construir seu próprio conhecimento. Deixamos de passar informações para sermos parceiros das crianças e adolescentes, preparando-os para elaborarem uma aprendizagem significativa e que venha de encontro com suas expectativas.
Luckesi (2005) destaca que o papel da avaliação é diagnosticar a situação da aprendizagem, tendo em vista subsidiar a tomada de decisão para a melhoria da qualidade do desempenho do educando. Na medida em que busca meios pelos quais todos possam aprender o que é necessário para o próprio desenvolvimento, é inclusiva.
Sabemos que a avaliação não pode ser um instrumento punitivo, pois remete o aprendiz a exclusão, ao sentimento de ser menos que o outro.
Exercitar e observar com olhar atencioso às ações do cotidiano do nosso aprendiz, fortalece nosso objetivo como educadores, pois é no espaço escolar que todas essas informações acontecem, podendo ser usado o instrumento avaliativo em todos os momentos, não de forma isolada e sim no todo. Cada criança é um universo, não um filme repetido. Se você pensa que já viu tudo, pare e olhe novamente.
A criança sente-se especial não só quando sentimos orgulho nas suas habilidades, mas sim quando ela percebe que mesmo errando, tendo dificuldades e falhando, o adulto está ao lado dela, acarinhando, incentivando e suportando a sua frustração.
Por Professora Albertina Aparecida Schmitt Bonato
: : Graduada em Pedagogia;
: : Pós Graduada em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia , Gestão, Direito Educacional e Docência Superior;
: : Mestranda em Educação